quinta-feira, 29 de julho de 2010

ORIGEM DO QUESITO SAMBA ENREDO

Hiran Araújo (pesquisador de Carnaval) ao se referir aos sambas dos anos 30 e 40 relata : “... podemos afirmar que o samba de enredo ainda não existia como gênero musical, simplesmente porque não havia a obrigatoriedade de contar o enredo. Entretanto, é preciso se reconhecer que, tomando como exemplo os ranchos carnavalescos, as escolas de samba começaram a tentar contar uma história em suas apresentações (nos adereços, nas fantasias, nos sambas)”.
Os sambas eram vários em cada desfile, e eram em grande parte versados. O tema principal era exposto e os mestres-de-canto versavam de improviso, sendo eles, por isso mesmo, figuras de grande destaque das escolas de samba daqueles anos.
O primeiro carnaval oficial, de 1935, trouxe uma profunda mudança no rumo dos desfiles por atingir a forma de composição e do canto do samba das escolas.E isto foi trazido pelo novo regulamento estabelecendo como quesitos obrigatórios: bateria, samba, originalidade, harmonia, e letra de versos. Este último quesito acabou por eliminar o quesito versadores. Com o passar dos anos, o samba-enredo ganhou uma batida mais acelerada que outros sambas o que ajuda as escolas a desfilarem no tempo previsto
Destoando da maioria dos pesquisadores, alguns autores contestam que “O mundo do samba” (Unidos da Tijuca, 1933) e “Teste ao samba” (Portela, 1939) sejam as composições inaugurais do gênero. Isso porque, embora se enquadrem no critério intrínseco – ou seja, versem sobre o enredo -, têm estrutura musical similar à dos sambas de quadra.
“Antes de o formato se consolidar, houve oscilações. O samba de enredo passou por um processo de formação, para se diferenciar dos sambas de terreiro”, afirmam Mussa e Simas, que classificam “61 anos de República” (Império Serrano, 1951), de Silas de Oliveira, como o marco de uma tipicidade formal: “A partir dele, passa a ser impossível confundir um samba de enredo com qualquer outro gênero de samba.
A Nenê da Vila Matilde foi pioneira na implementação de elementos cariocas em seus desfiles, já que o líder maior da agremiação tinha familiares na capital fluminense e pode ter contato com as principais escolas de lá. Seu Nenê admirava muito as agremiações cariocas e sempre buscou inspiração nelas. Assim, quando o regulamento do carnaval oficializado paulistano forçou as agremiações a adaptarem-se à nova realidade dos concursos carnavalescos, a escola de samba Nenê de Vila Matilde saiu na frente, pois já possuía diversos elementos cariocas, como ala de baianas, mestre-sala e porta-bandeira e um ritmo mais próximo do samba típico do Rio de Janeiro. “Seu Nenê” ganhou o seu primeiro título em 1956, quando trouxe para a avenida o primeiro samba-enredo da história do carnaval de São Paulo, com o nome “Casa Grande e Senzala’
O pesquisador de música Assis Brasil, afirma que o samba-enredo da Peruche, de 1969, teria sido o 1º samba-enredo paulistano gravado. “História da Casa Verde” o nome do samba, criado por Geraldo Filme e Benedito Lobo, baseado no livro homônimo de Aureliano Leite.

DEFINIÇÃO DO QUESITO SAMBA ENREDO

O Samba Enredo é a ilustração poético-melódica do Enredo e só poderá ser convenientemente avaliado durante o Desfile. Sua letra se refere ao Enredo apresentado pela Escola, devendo, portanto, haver compatibilidade entre o tema e a letra do samba. O Samba Enredo possui estilo característico e versejar próprio e, na mesma medida em que não deverá ser julgado como peça erudita, mas como expressão de linguagem popular, não lhes devem ser exigidos esquemas fixos de métrica e rima. O Samba Enredo poderá ainda ser descritivo e/ou interpretativo. Samba Enredo descritivo é aquele que relata minuciosamente o Enredo. Samba Enredo interpretativo é aquele que conta o Enredo sem fixar-se em detalhes, mas contendo, implicitamente as idéias dos principais itens do Enredo. Quer seja Descritivo ou Interpretativo, não poderá deixar de ater-se ao tema a ser desenvolvido.

CURIOSIDADES DO QUESITO SAMBA ENREDO

O compositor que é considerado "o mestre maior" dos sambas de enredo é: Silas de Oliveira, do Império Serrano (nasceu em 1916 e faleceu em 1972) , desde jovem um apaixonado pelo samba, por ironia do destino, era filho de um fervoroso evangélico que detestava samba. Silas dedicou 28 anos de sua vida à sua escola querida. Foram 16 sambas de enredo para a escola, dos quais 14 foram defendidos no desfile oficial. Emplacou todos os sambas da escola no período de 1964 a 1969, alguns em parceria, outros sozinho.

Dona Ivone Lara foi a primeira mulher a assinar seu nome na co-autoria de um samba-enredo carioca. Aconteceu em 1965, quando a Império Serrano desfilou Os Cinco Bailes da História do Rio, composição dividida por ela com dois homens, Silas de Oliveira e Bacalhau. Naquele ano, quem ganhou foi a Salgueiro, mas já na estréia a compositora Ivone Lara chegou a vice-campeã.

Em enquete do site Sociedade Amantes do Samba Paulista (SASP) sobre o melhor samba enredo da história da X-9, ficaram: em 3º. “Paz e Amor... Bicho” (1996), em 2º. “Quem é você café” (2000) e em 1º. “Amazônia, a dama do universo! (1997)

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO DO QUESITO SAMBA-ENREDO

Quesito Samba-Enredo
No quesito Samba-Enredo o julgador tem a incumbência e a responsabilidade de avaliar a letra e a melodia do Samba-Enredo apresentado, levando em conta tudo o que faz uma letra ou melodia de um samba-enredo serem muito boas, boas, regulares ou ruins.
Para se chegar a esses resultados é necessário um mínimo de sentido estético, conhecimento de cultura popular e honestidade.


LETRA:
Considerar:
É impossível a uma letra de samba-enredo “narrar” todo o enredo, nem é necessário que o faça. Ele deve trazer a síntese, o resumo compreensível do que se está apresentando. O fundamental é que o texto da letra:
1- esteja adequado ao conteúdo do enredo;
2- tenha, em vários graus, riqueza poética. É essencial lembrar que, para se atingir essa riqueza, existem regras testadas pela poesia popular.
Nenhum texto pode ser considerado poético e belo se nele aparecerem erros sérios de português.
Acreditamos que um bom parâmetro é a linguagem da classe média, que não fala “nós é”, mas admite normalmente “assistir televisão” em vez de “assistir à televisão” ou “cheguei tarde na escola de samba” em vez de “cheguei tarde à escola de samba”.
MELODIA:
Considerar:
As características rítmicas próprias do samba;
A riqueza melódica, sua beleza e o bom gosto de seus desenhos musicais;
A capacidade de sua harmonia musical facilitar o canto e a dança dos desfilantes.
Não levar em consideração:
A Inclusão de qualquer tipo de merchandising (explicito ou implícito) em Sambas-Enredo;
A eventual pane no carro de som e/ou no sistema de sonorização da Passarela;
Questões inerentes a quaisquer outros Quesitos
.

JUSTIFICATIVAS DAS NOTAS INFERIORES A 10 NOS TRÊS ULTIMOS ANOS DA X-9

2010 - Imigração Portuguesa – Classificação da escola: 9º. lugar
9,75 (Carlos Eduardo da silva Netto) A divisão ritmos da melodia por vezes passa a ter características mais de marcha do que de samba.
9,75 (Alfredo Fernandes dos Santos) O samba descreve o enredo com clareza e objetividade, porém faltou um pouco mais de criatividade na linha melódica, frases repetitivas.
2009 – Amazonas - Classificação da escola: 6º. lugar
9,75 (Sandro Sampa) Cumpri com clareza seu índice temático, sua freqüência melódica imprime um cuidado constante na sustentação e execução de seus versos e frases, pois em alguns momentos facilita semi-tons desarmoniosos na sua interpretação, salvo, porém por seu constante andamento. Em tom maior conduz com empenho sua apresentação e passa sem mais especial original e descritivo a analise deste em julgamento. OBS.: O interprete parou de executar o canto durante um bom trecho do samba enredo tornando difícil o acompanhamento claro de sua letra e sua continuidade harmônica, por parte de sua voz guia não prejudicando a obra num todo mas descumprindo sua perfeita continuidade.
2008 – Aquecimento Global - Classificação da escola: 6º. lugar
9,75 (Sandro Sampa) Passou através do samba, alegria em entrosamento de versos e contra-canto, com sintonia clara ao enredo, melodia e letra de características intuitivas de momentos cuidadosos ao cumprimento do bom cantar.
9,75 (Selmo Giovanne Leone) o excesso de letra na primeira parte da letra onde diz: “ Na festa do carnaval até nossa existência” deixa a melodia totalmente prejudicada, uma vez que até o interprete tem que correr com o canto embolando a letra para fazer frente ao tempo musical, e ao mesmo tempo se encaixar com a cadência da bateria. O samba não e de alcance popular, possui pequenas nuances melódicas que tentam ajudar a letra mas não conseguem.

terça-feira, 27 de julho de 2010

PROGRAMAÇÃO DAS PRÓXIMAS APRENTAÇÕES.

Galera ai vão as datas das próximas apresentações e os quesitos.(menos BAIANAS)

Dia 09/08/2010 Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira.

Dia 23/08/2010 Bateria.

Dia 13/09/2010 Evolução

Abs; RUMO AO CARNAVAL 2011 COM MUITO MAIS GARRA!!!!!!

Paulinho.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

FESTA DO RIDÍCULO

Vamos fazer esta festa para nos divertirmos em conjunto, darmos muitas risadas e tirar muitas fotos! TODO MUNDO VESTIDO O MAIS RIDÍCULO POSSÍVEL!

DATA: 30/07

LOCAL: Casa da Ingryd

ENDEREÇO: Av. Alvaro Machado Pedrosa, 80. Parada Inglesa.

REFERÊNCIA: Passando o Metrô Parada Inglesa(sentido Tucuruvi), entrar no 1° retorno à Direita, e seguir descendo na Rua Sem Saída, é a ultima casa Azul.

IMPORTANTE: COMO SE TRATA DE UMA FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO DA HARMONIA, FAVOR ESTENDER APENAS A (O) RESPECTIVA (O) ESPOSA (O), NOIVA (O), NAMORADA (O).

OBS: Para cada Harmonia, Trazer 1 Kg de Carne, Frango ou Linguiça e o que Beber, Cerveja ou Refrigerante. (LEVAR BEBIDAS E COMIDAS DE 1a. LINHA).

ROUPAS: SÓ VAI ENTRAR QUEM ESTIVER VESTIDO A CARÁTER. Teremos o concurso do mais "BUNITU". Se precisar de dicas de como se vestir: Clique aqui

sexta-feira, 16 de julho de 2010

APRESENTAÇÃO DOS SAMBAS ENREDOS

Neste próximo domingo dia 18/07 será dado o primeiro passo para e escolha do nosso samba enredo de 2011, por isso, nossa presença será MUITO IMPORTANTE!! Vamos Família Harmonia mostrar nossa garra!

DATA: 18/07/2010
HORÁRIO: 20:00 hrs.

ROUPA MASCULINA: Camiseta verde (sem botão), calça branca e sapato branco.
ROUPA FEMININA: Saia verde e blusinha branca.

HARMONIA SHOW RUMO AO CARNAVAL 2011!

CONVITE ESPECIAL DO ZUZÃO!

O Zuzão (Harmonia) esta convidando a todos para participar da Festa de Aniversário do GRONE´S:
DATAS: 31/07 E 01/08
HORÁRIO: a partir das 14:30
LOCAL: CDC COPA 70 - Bar do "Tio Lulu"
ENDEREÇO: R. Eduardo Vicente Nasser, 354 - Palmas do Tremembé
O QUE VAI ROLAR: Pagode de mesa, Som nostalgia, Djs. Paulo Cesar Terapia, Gonçaves, Regis e Convidados
DIVERSÃO GARANTIDA!

QUESITO FANTASIA

A origem das fantasias no mundo

Em Veneza onde o governo da época instituiu o Carnaval oficialmente através de um decreto datado de 1094. Para celebrar o carnaval em plena liberdade, os venezianos usavam túnicas e vestes que os protegiam dos olhares curiosos e lhes permitiam cometer todo tipo de excesso. A máscara protegia os rostos e eliminava a diferença entre sexos e classes sociais.

A origem das fantasias no Brasil

Ninguém sabe exatamente como teve início a tradição das fantasias no carnaval brasileiro. Conta-se a história de que tudo começou no Rio de Janeiro. Dois rapazes brincavam numa rua. Um deles usava roupas de fazendeiro. O outro fingia ser um escravo, com correntes e tudo. O “escravo” fingia chorar e protestar contra a “violência” praticada pelo “dono”, que fingia açoita-lo. Isto aconteceu pouco antes da abolição da escravatura, em 1888, quando o carnaval já era usado para se fazer críticas de cunho político.
A idéia de se fantasiar no carnaval logo tomou conta da elite social. Surgiam nos bailes os “Pierrôs”, as “Colombinas”, os “Arlequins”, “piratas”, “príncipes”, “soldados romanos”, etc. Entretanto, a I Guerra Mundial levou o mundo a uma crise financeira muito profunda, e a partir daí as fantasias foram se tornando mais simples, menos sofisticadas Porém, ao mesmo tempo ganharam mais originalidade, representando temas regionais ou críticas bem humoradas aos fatos que ocorriam no país.
As roupas de disfarce, ou as fantasias que embelezaram rapazes e moças, foram aos poucos sendo reduzidas ao mais sumário possível, em nome da liberdade de movimentos e da fuga à insolação do período mais quente do ano.

DEFINIÇÃO DO QUESITO FANTASIA

A função básica da fantasia é ilustrar o Enredo. Com base no Enredo, são feitos os figurinos, os quais dão origem a criação artística que constitui a fantasia dos personagens do enredo proposto. Devem estar adequadas ao enredo, com suas formas, cumprindo a função de transmitir as diversas partes do conteúdo desse enredo. Será considerado, para efeito de análise, o uso de adereços (de mão) que vierem a fazer parte das fantasias.

Normalmente, em uma Escola de Samba existem vários tipos de fantasias; porém, as mais evidentes são:

Fantasias das Alas do Enredo: Como o próprio nome diz, são aquelas que se vestem de acordo com o tema proposto, dando à Escola em desfile uma perfeita visão do enredo que propõem descrever;

Fantasias das Alas Shows: São alas cujos figurinos não acompanham necessariamente o Enredo, mas valorizam o espetáculo pela sua evolução. Geralmente, são moças com fantasias leves (maiôs/biquínis) e rapazes acompanhados de instrumentos de percussão, que completam o desfile com suas coreografias acrobáticas.

Existem ainda outras fantasias que completam o desfile na avenida, tais como: Comissão de Frente, Bateria, Baianas, Ala das Crianças, Mestre-sala e Porta-bandeira, as quais poderão ou não estar dentro do Enredo.

Existem também as fantasias de Destaques que vêm sobre os carros alegóricos, porém estas não devem ser julgadas pelo julgador do quesito fantasia, pois fazem parte da composição alegórica e, conseqüentemente, são julgadas pelos julgadores daquele quesito.

Quanto ao material utilizado na confecção, há completa liberdade, podendo ser materiais caros ou baratos, reciclados ou não; o que importa é que sejam bonitas, sugestivas e inventivas. “Uma FANTASIA rica pode não ser bela e uma FANTASIA simples e barata pode ser de rara beleza e vice-versa.”

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

Conteúdo técnico e resumido:

Julga-se neste quesito as fantasias completas (incluem-se os adereços de mão) apresentadas pelas escolas, bem como a qualidade de sua confecção e sua adequação ao Enredo proposto.

Para conceder notas, o julgador deverá considerar:

· A concepção e a adequação das fantasias ao Enredo, as quais, com suas formas, devem cumprir a função de transmitir as diversas partes do conteúdo desse Enredo;

· A capacidade de serem criativas, mas devendo possuir significado dentro do Enredo;

· A impressão causada pelas formas, entrosamento, utilização, exploração, distribuição, adequação de materiais e cores;

· A capacidade de adequação à dança própria e características dos desfilantes de cada escola de samba: a capacidade de permitir a livre e espontânea movimentação, agilidade, empolgação e vibração dos desfilantes, sejam os de alas, grupos ou conjuntos;

· Os acabamentos e os cuidados na confecção;

· A uniformidade de detalhes dentro das mesmas alas, grupos e/ou conjuntos (igualmente de calçados, biquínis, soutiens, shorts, meias, chapéus e outros complementos, quando ficar nítida essa proposta);

· O julgador obrigatoriamente analisará as fantasias de mestre-sala e porta-bandeira, bateria, ala das baianas e destaques-de-chão (este último, caso a escola de samba os apresente).

· A ausência significativa de chapéus, sapatos e outros complementos das fantasias dos componentes, quando ficar nítido que a proposta das fantasias era originariamente com a presença desses elementos e indumentárias.

· A capacidade de permitir a livre e espontânea movimentação dos componentes.

· Todo elemento estranho aos figurinos das alas.

O julgador não deverá levar em consideração:

· A inclusão de qualquer tipo de merchandising (explícito ou implícito) em fantasias;

· As fantasias de DESTAQUE, FIGURAS DE COMPOSIÇÃO e de outros componentes que venham sobre alegorias, pois estas estarão sendo julgadas como partes integrantes das unidades alegóricas e conseqüentemente, pelos julgadores daquele quesito;

· As fantasias da comissão de frente, pois estas estarão sendo avaliadas pelos julgadores do respectivo quesito;

· A presença de desfilantes com a genitália à mostra, decorada e/ou pintada;

· A quantidade de diretores com camisa da agremiação, desde que desfilem pelas laterais ou na parte final da escola;

· Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.

Principais pontos de balizamento do julgamento deste quesito:

Adequação: Deve-se observar se as fantasias estão de acordo com a proposta do enredo da escola de samba.

Criatividade: É a maneira original de conceber as fantasias, observando inclusive a utilização dos materiais utilizados e a combinação de cores.

Acabamento: É o cuidado e capricho na confecção das fantasias de toda escola.

Uniformidade: É a igualdade das fantasias dentro dos mesmos grupos/alas, nos detalhes, quando ficar nítida essa proposta.

JUSTIFICATIVAS DA NOTAS INFERIORES A 10 NOS TRÊS ULTIMOS DESFILES DA X9

2010 - Imigração Portuguesa – Classificação da escola: 9º. lugar

9,75 (Walter Miguel Junior) Ala 1-Baianas: Palas das saias – algumas soltas modificando a visualização, braceletes soltos (braços de algumas componentes; Ala 19: Adereço de mão, enroscavam entre si danificando e atrapalhando a movimentação dos foliões. Preocupar também com roupas básicas de alguns elementos em algumas alas

2009 – Amazonas - Classificação da escola: 6º. lugar

9,75 (Wagner Cesar dos Santos) 12ª. Ala, os esplendores dos costeiros estavam soltando; 13ª. Ala vários esplendores dos costeiros estavam decolando pela passarela; 16ª. Ala a fantasia estava abrindo na costura da calça; 17ª. Ala varias saias das baianas estavam sem as ráfias do usadas na parte traseira da saia e deslocando o esplendor do costeiro; 23ª. Ala figurino com camiseta preta por baixo da fantasia

9,75 ( Geraldo D. Carvalho) Na Ala 5 O esplendor Amazônico consegui contar 18 costeiros com as artes de metalóide descoladas/quebradas; Na Ala 13 Amazônia em chama havia nove costeiros com as chamas decolando e caindo pela avenida; Na Ala Filhos de Gandhi havia integrantes com camiseta de outra cor por baixo da pala uma preta, uma bege e uma branca quebrando a uniformidade e faltou capricho nos costeiros que vieram quebrando pelo sambódromo.

9,50 (André Luis Beudarol)Ala 5: Acetato do costeiro dobrando; ala 13: Algumas varetas sem a pena que representa a chama; Ala 17 (Baianas) uma com a parte das costas quebrada/lado direito; Ala 18: A impressão causada pelas formas, entrosamento, utilização, exploração e adequação de materiais ficou prejudicada pela falta de um melhor acabamento na parte traseira dos costeiros; Ala 25: Algumas fantasias com penas de pavão quebrada.

9,50 (Walter Miguel Junior) ala5: Trabalhar com acetato dá um efeito muito bom, mais tem que ter muito cuidado, pois eles quebram com facilidade e foi o que aconteceu, prejudicando o visual estético do grupo; Ala 13 Amazonas em chamas, material plástico que foi utilizado nos costeiros para representar as chamas, danificaram “muitos” despencaram e prejudicou; UNIFORMIDADE: Foliões apresentavam em algumas alas roupas bases e topes diferenciados (Ala 23) OBS.: Não deixar foliões trazer para avenida objetos que não fazem parte do visual combinado Ex.: Maquina fotográfica (ala 22)

2008 – Aquecimento Global - Classificação da escola: 6º. lugar

9,25 (Elga Buck) As fantasias apresentaram alguns problemas condizentes a sua originalidade de uma vez que, em sua maioria, as alas apresentavam o maior numero de detalhes e volumes sempre acima dos ombros compondo-se com calças e sapatilhas;

terça-feira, 13 de julho de 2010

QUESITO ALEGORIA

A origem das Alegorias

A utilização de carros no carnaval, teve seus primeiros relatos em Roma no século onze, onde havia uma festa, a Saturnália, ou chegada da primavera, onde enfeitavam carros em formato de navios chamados “carrum navalis” e desfilavam pelas ruas da cidade onde a população usava máscaras e ficava semi nua cantando e bailando em honra ao “deus” Bacco, representante da festa da bebida e de toda orgia.

O carro alegórico surgiu durante o século quatorze, na Europa, onde aconteciam os festejos que deram a origem ao nosso carnaval. Eles vêm de Portugal, de uma festa chamada de Zé Pereira.

Quanto a origem dos Carros Alegóricos no Brasil muitas pessoas confundem o Corso, mas não tem nada a ver. Os corsos eram desfiles da alta sociedade que utilizavam carros das famílias mais ricas para batalhas de confetes. O carro alegórico surge no Brasil-Colônia, como parte dos festejos realizados para acontecimentos da família real. Nesse período, carros gigantescos que jorravam vinho e tocavam música participavam do cortejo de uma festa ou celebração da família real. Isso é transferido e absorvido pelo carnaval.

No final da década de 1920, nascem as escolas de samba, resultado de uma fusão dos grandes clubes com os ranchos. A primeira alegoria lançada é da Portela, nos anos 1930, composta por um globo girando, em um enredo sobre o professor.

Nos anos 50, quando os artistas da Escola de Belas Artes ensinaram os artesãos a trabalhar com proporção, os carros alegóricos cresceram A sustentação é um chassi de caminhão sobre pneus de avião, menores e capazes de suportar mais peso que os de automóvel.

O primeiro carro alegórico do desfile é chamado de carro abre-alas, e na sua parte frontal costuma vir o nome da escola, de forma estilizada. Algumas escolas, como a Portela por exemplo, trazem sempre no abre-alas o seu símbolo (no caso desta agremiação, a águia), independentemente do enredo. Estes carros geralmente são empurrados por pessoas, que ficam embaixo ou atrás da alegoria.

DEFINIÇÃO DO QUESITO ALEGORIA

A alegoria na Escola de Samba é a representação plástica e ilustrativa do enredo. Cada alegoria é criada de acordo com a história do samba, e segue a cronologia da letra. Entende-se por alegoria, qualquer elemento cenográfico que esteja sobre rodas, inclusive os componentes humanos: destaques e composições que desfilam sobre as alegorias e caracterizadas dentro do enredo na representação plástica do carro alegórico.

Carro Alegórico: Qualquer base sustentada por rodas;

Quadripé: Carros menores que servem normalmente para levar os destaques do Enredo;

Tripés: Pequenas estruturas com três rodas que servem para levar elementos alegóricos;

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

Conteúdo complementar e explicativo:

O jurado deverá avaliar também os pormenores e a adequação da fantasia dos destaques, das composições, bem como de todos aqueles que tiverem em cima de um carro alegórico.


Para conceder notas, o julgador deverá considerar:

· O julgamento apenas das alegorias apresentadas no desfile;

· A concepção e a adequação das alegorias ao enredo, as quais, com suas formas, devem cumprir a função de transmitir o conteúdo deste enredo;

· A capacidade de serem criativas, mas devendo, necessariamente, possuir significado dentro do enredo;

· A impressão causada pelas formas e pelo entrosamento, utilização, exploração e distribuição de materiais e cores;

· Os acabamentos e cuidados na confecção e decoração, no que se refere ao resultado visual, inclusive das partes traseiras;

· Analisar os "destaques" e "figuras de composição", com suas respectivas fantasias, como partes complementares das alegorias, pois representam figuras que complementam a composição da alegoria.

· A concepção, acabamento e adequação das alegorias ao enredo.

· O julgador deverá observar se há objetos estranhos ao significado das alegorias, exemplo: restos de fantasias, escadas, caixas etc. Caso os encontre, deve penalizar a agremiação.


Justificativas para o julgamento

-A Alegoria, e/ou destaques, e/ou composições (mesmo que sejam bem realizados) não se enquadravam ao Enredo.

- Faltou criatividade na confecção das alegorias e/ou carros alegóricos.

- O efeito visual causado pelo correto ou incorreto emprego de materiais.

- Os carros alegóricos, destaques ou composições estavam mal acabados, havia excessiva exposição de ferros, madeira etc., que não combinavam com a concepção visual da alegoria;

- Havia elementos desproporcionais ao tamanho dos carros alegóricos.

O julgador não deverá levar em consideração:

· A inclusão de qualquer tipo de merchandising (explícito ou implícito) em alegorias e/ou adereços;

· O julgador não deve preocupar-se somente com o material utilizado nas alegorias, mas sim com a criatividade do artista;

· A quantidade de alegorias, no que se refere aos limites mínimos e máximos fixados pelo regulamento (analisar somente o que passar na sua frente).

· O retorno e/ou retrocesso de alegorias e/ou adereços na pista, durante o desfile das respectivas escolas;

· A eventual passagem de geradores integrando as alegorias, desde que estejam embutidos ou pelo menos decorados;

· O julgador não deverá analisar as alegorias eventualmente utilizadas pela Comissão de Frente

· Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.

Principais pontos de balizamento do julgamento deste quesito:

Concepção: É originalidade com que foram concebidos as alegorias e os adereços, a maneira de criar ou estilizar elementos alegóricos, inclusive o aproveitamento de materiais alternativos.

Efeito: A impressão e efeitos causados pelas formas, composição, utilização e distribuição de materiais e cores;

Acabamento: É o esmero, cuidado e atenção com que foram confeccionados e decorados os elementos alegóricos.

Adequação: É a propriedade das alegorias em transmitir com clareza a sua proposta dentro do enredo

JUSTIFICATIVAS DA NOTAS INFERIORES A 10 NOS TRÊS ULTIMOS DESFILES DA X9

2010 - Imigração Portuguesa – Classificação da escola: 9º. lugar

9,00 (Maria Cleuza de Mello) ALEGORIA 1: Escultura de ave da parte traseira acima caída, prejudicando o equilíbrio da forma – ALEGORIA 2: Danos localizados no queijo parte traseira a esquerda – ALEGORA 4: Faltou acabamento sob a Virgem de Fátima – ALEGORIA 5 Faltou acabamento decorativo parte traseira

2009 – Amazonas - Classificação da escola: 6º. lugar

9,50 ( Luiz Carlos Correa) Alegorias poucos inventivas e marcadas por certa dificuldades de interpretação junto ao enredo. A Alegoria (abre-alas) descuido no acabamento, destaque no centro do carro perdeu chapéu e grande excesso de fumaça em frente ao modulo com dificuldade de avaliar. A Alegoria 3 – difícil leitura junto ao enredo; Na Alegoria 4, mistura de “Chacrinha” com homenagem Escola de Samba Mangueira, nada relatado no enredo 9faltou adequação) ao enredo.

9,50 ( Zélia k. Bogar) Mesmo a agremiação apresentando algumas pequenas ocorrências no seu efeito e acabamento, não podemos deixar de destacar a forma criativa, sua adequação e concepção ao enredo, com uma leitura clara na avenida. Ocorrências: Abre-alas: falta de expressão feminina na escultura mãe d´agua Falta de um pequeno detalhe dourado que fica pendurado na parte de cima, na frente da arca. CARRO 2 Falta de expressão no rosto de acabamento na parte de cima dos lustres encantados que os botos cor de rosa carregavam. Falta do lustre retangular vermelho da parte traseira do carro e falhas no pescoço da escultura CARRO 3 Escultura do palhaço desproporcional e com uma feição assustadora, falta de harmonia nas cores e de um pequeno tecido da cobra CARRO 4 Abacaxi rasgado na parte do meio na lateral direita

2008 – Aquecimento Global - Classificação da escola: 6º. lugar

9,75 (Moclaie Mello) ALEGORIA 5: Apresentou figuras de composição inclinadas não condizente com a proposta e o tema e as cores poderiam te sido melhor explorada.

REGULAMENTO

a) Apresentar-se em quantidade inferior ou superior ao número exigido (MINIMO 4 E NO MÁXIMO 5);

b) Utilizar força animal para movimentar as alegorias;

c) Usar tripé ou quadripé, exceto para compor o figurino da Comissão de Frente.

d) Usar adereço com rodinha para composição de alas nas medidas superiores a 1m x 1m

e) O Carro abre-alas, deverá ser o primeiro carro alegórico a entrar na pista de desfile e nele deverá conter o nome da escola, ou o símbolo da mesma, até mesmo em abreviações ou apelido da entidade.

f ) As baias serão alinhadas por tamanhos padrões iguais para todas as agremiações, as escolas da sexta–feira juntamente com a primeira escola de sábado ficará na concentração e as demais escolas de sábado, ficarão no terreno da aeronáutica, com a mesma infra-estrutura das demais. O sorteio definirá qual a baia respectiva de acordo com a ordem do desfile.

Quanto à colocação em espera dos carros alegóricos: a medida da baia destinada aos mesmos será idêntica para todas as agremiações.

VI – Merchandising:

a) Fazer ou apresentar-se com qualquer tipo de merchandising (explícito) no enredo, na alegoria, nos adereços, nas alas, nos destaques, no samba-enredo ou em qualquer outro meio, exceto:

Seção III – Da perda de cinco pontos:

Art. 17 – As Escolas de Samba estarão sujeitas à perda de 05 (cinco) pontos na fiscalização, concentração e pista de desfile, por cada uma das infrações a seguir relacionadas, que vierem a cometer:

I – Alegorias:

a) Apresentar-se sem nenhuma alegoria;

CONCLUSÕES DOS QUESITOS FANTASIA E ALEGORIA

Sem dúvida a fantasia é a essência da escola de samba, a origem do carnaval e o item principal que atrai os passistas para sentirem a sensação de pisar na avenida.

Semelhante ao desejo inconsciente que leva as pessoas aos estádios de futebol, usar uma fantasia seria uma forma de se “extravasar”, de se libertar, mesmo que por um breve momento e de FORMA ANÔNIMA, das amarras das regras e pudores de condutas inerentes de nossa sociedade. É no momento do carnaval que as pessoas dão uma espécie de grito de desabafo e se permitem agir de forma que, normalmente, não o fariam e não o farão no resto do ano.

Como uma verdadeira relação de consumo, também é pela fantasia que a escola de samba cativa os foliões desapegados da agremiação, cujo desejo é apenas participar do desfile; já com relação aos adeptos, a escolha sempre será pela fantasia que estes entenderem como as mais bonitas e confortáveis (é claro que, neste ponto, excluímos os foliões de última hora, pois estes terão que se contentar somente com as fantasias que sobraram).

A alegoria, por sua vez, é, em disparada, a principal atração de uma escola de samba, principalmente para os leigos.

Todos que assistem aos desfiles prestam especial atenção aos carros alegóricos e, a partir do que veem e do que sentem, criam seu conceito de beleza e avaliam as chances de vitória da agremiação.

Desde os tempos antigos, os carros alegóricos ocupam posição de destaque, pois, é através deles, que a agremiação chama a atenção e cativa o público. É a melhor forma de se dizer: “chegamos para arrebentar”.

Como exposto neste trabalho, para se ter ótima avaliação dos quesitos fantasia e alegoria, estas devem estar em consonância ao enredo apresentado, serem criativas, muito bem confeccionadas e construídas e, principalmente, atentas aos detalhes.

É por isso que vale lembrar o título do livro escrito por Tadashi Kadomodo:

NINGUÉM TROPEÇA EM MONTANHA, cuide dos detalhes da vida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

CHURRASCO DA HARMONIA!

No próximo sábado (10/07) vai rolar nosso churrasco e vamos mostrar nossa união com o comparecimento de TODOS os Harmonias! Será muito importante para o entrosamento do grupo!

Local: Quadra

Horário: a partir das 14:00 hrs

Levar: uma caixa de cerveja, independente se vai beber ou não, fora isso não precisa levar mais nada.

OBS.: Quem puder comparecer antes para dar uma força, será bem vindo!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

DEFINIÇÕES DE HARMONIA NO DICIONÁRIO


1- Ausência de conflitos; paz; concórdia; 2- sistema de regras de tonalidade; 3- disposição bem ordenada (de uma parte em relação a outra; equilíbrio 4- sucessão agradável de sons Ex.: A escola de samba perdeu pontos no quesito harmonia.