HARMONIA é o resultado de ajustado entrosamento entre ritmo (Bateria) e canto (Melodia), os dois desaguando num sincronismo perfeito e, como perfeição, não admite hiatos (intervalo, lacuna, interrupção, falha), altos e baixos. Durante todo o desfile a Escola deve manter a mesma cadência, cantar com igual vigor e desfilar com a mesma desenvoltura, pois a quebra deste conjunto de fatores implicará em falhas de Harmonia, o que torna a função do julgador um profundo exercício de reflexão e sensibilidade, visto que a emoção dos desfilantes de cada Escola atingirá por certo o jurado deste complexo quesito.
Excepcionalmente uma Entidade pode cantar com perfeição e evoluir mal, por medir a carga de esforços empregada na primeira parte do desfile ou por falta de condições físicas da maioria de seus componentes. É muito difícil acontecer, mas não impossível; neste caso, a sua HARMONIA está prejudicada.
Sendo a HARMONIA o perfeito equilíbrio entre o ritmo e o canto, se uma Entidade não canta ou não mantém o ritmo, prevalecem todas ou quaisquer das seguintes hipóteses:
1. Não foi devidamente ensaiada, não sabe o Samba ou é incapaz de cantá-lo em uníssono;
2. O samba tem HARMONIA tão difícil que é impróprio ao canto coletivo; e
3. A Bateria não se entrosou com o Samba e/ou não forneceu a cadência exigida.
Outro detalhe importante é verificar se a Escola manteve a constância, cantando o samba durante todo o tempo do desfile, pois de uns tempos para cá, tornou-se comum nos sambas enredo a feitura de um “coro” bem vivo (refrão) distribuído na letra, para dar a impressão que todos cantam, quando na verdade a Escola está cantando um pedaço do samba (justamente o mais fácil, feito a propósito para impressionar o jurado).
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