A origem das Alegorias
A utilização de carros no carnaval, teve seus primeiros relatos em Roma no século onze, onde havia uma festa, a Saturnália, ou chegada da primavera, onde enfeitavam carros em formato de navios chamados “carrum navalis” e desfilavam pelas ruas da cidade onde a população usava máscaras e ficava semi nua cantando e bailando em honra ao “deus” Bacco, representante da festa da bebida e de toda orgia.
O carro alegórico surgiu durante o século quatorze, na Europa, onde aconteciam os festejos que deram a origem ao nosso carnaval. Eles vêm de Portugal, de uma festa chamada de Zé Pereira.
Quanto a origem dos Carros Alegóricos no Brasil muitas pessoas confundem o Corso, mas não tem nada a ver. Os corsos eram desfiles da alta sociedade que utilizavam carros das famílias mais ricas para batalhas de confetes. O carro alegórico surge no Brasil-Colônia, como parte dos festejos realizados para acontecimentos da família real. Nesse período, carros gigantescos que jorravam vinho e tocavam música participavam do cortejo de uma festa ou celebração da família real. Isso é transferido e absorvido pelo carnaval.
No final da década de 1920, nascem as escolas de samba, resultado de uma fusão dos grandes clubes com os ranchos. A primeira alegoria lançada é da Portela, nos anos 1930, composta por um globo girando, em um enredo sobre o professor.
Nos anos 50, quando os artistas da Escola de Belas Artes ensinaram os artesãos a trabalhar com proporção, os carros alegóricos cresceram A sustentação é um chassi de caminhão sobre pneus de avião, menores e capazes de suportar mais peso que os de automóvel.
O primeiro carro alegórico do desfile é chamado de carro abre-alas, e na sua parte frontal costuma vir o nome da escola, de forma estilizada. Algumas escolas, como a Portela por exemplo, trazem sempre no abre-alas o seu símbolo (no caso desta agremiação, a águia), independentemente do enredo. Estes carros geralmente são empurrados por pessoas, que ficam embaixo ou atrás da alegoria.
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