"Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós."
Colaboração: Pica-Pauquarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
ORIGEM DAS BATERIAS DE ESCOLA DE SAMBA.
A história da bateria está intimamente ligada ao surgimento das bandas de metais na década de 1820, na Europa A princípio integrantes dos regimentos militares estas bandas se tornaram muito populares principalmente na Inglaterra e posteriormente nos Estados Unidos. A partir de 1830 tais grupos começam a proliferar no Brasil com a criação das bandas marciais da Guarda Nacional e já por volta de 1880 animavam bailes e coretos executando polcas, valsas, quadrilhas, maxixes, schottisches e dobrados. Estes conjuntos eram compostos por vinte ou mais músicos e além dos instrumentos de sopro formavam com bumbo, caixa e pratos na seção de percussão.
O aparecimento do "Zé Pereira" (tocador de bumbo). Para alguns estudiosos, esse era o nome ou apelido dado ao cidadão português José Nogueira de Azevedo Paredes, supostamente o introdutor no Brasil do hábito português de animar a folia carnavalesca ao som de bumbos, zabumbas e tambores, anarquicamente tocados pelas ruas. A tradição se espalhou rapidamente e o sucesso do "Zé Pereira" foi muito grande. Extinto no começo deste século, o Zé Pereira deixou como sucessores a cuíca, o tamborim, o reco-reco, o pandeiro e a frigideira, instrumentos que acompanhavam os blocos.
O grupo da Deixa Falar foi quem deu um novo formato de samba inventando um novo instrumento de percussão, o surdo de marcação, de autoria de Bide, que aproveitou um latão de manteiga de 20 kg, abriu os dois lados da lata, cobriu com um pedaço de papel de saco de cimento levemente aquecido e umedecido, preso por um grosso arame. Surgia o surdo de marcação que viria a ser o principal instrumento de marcação das baterias.
DEFINIÇÃO DO QUESITO BATERIA
A bateria na Escola de Samba é quem sustenta com vigor o ritmo e o andamento (cadência) propostos pela Escola para desfilar.
Podemos dizer que a Bateria é o “coração de uma agremiação”, que mantém o vigor e a cadência indispensável para o desenvolvimento do desfile da mesma, dando sustentação ao canto e à dança dos componentes em desfile.
Há que se levar em consideração o entrosamento dos naipes, cada qual com sua afinação, fazendo com que sejam ouvidos perfeitamente todos eles, respeitando-se a tendência e a predominância que caracteriza a Bateria de cada Escola de Samba.
Alguns instrumentos são considerados básicos e indispensáveis na formação de uma bateria. São eles: SURDO (naipes graves), REPINIQUE (naipes agudos), CAIXA (naipes agudos), TAMBORIM (naipes agudíssimos), CHOCALHOS (naipes agudíssimos). É através deles que se tem a referência para a análise rítmica da bateria, devendo-se observar o equilíbrio dos mesmos. É o conjunto harmonioso de sons produzidos por esses instrumentos que possibilitam o canto e a dança, durante o desfile.
O andamento vai ser analisado através da pulsação dos surdos e seus complementos.
No que diz respeito ao ritmo, o funcionamento da bateria assemelha-se a uma orquestra; assim sendo, ela deve manter a inalterabilidade do ritmo e o sincronismo de sons emitidos pelos diversos naipes de instrumentos, cuja distribuição dentro do conjunto é critério de cada Diretor de Bateria.
O chamado “atravessar o samba” ocorre quando, por qualquer falha, a Bateria provoca um desentrosamento entre ritmo e canto.
CURIOSIDADES DO QUESITO BATERIA
PARADINHA: Em 1959, a bateria, sob a batuta de Mestre André, deu pela primeira vez a célebre "paradinha" em frente à comissão julgadora,mantendo o ritmo para que a escola continuasse evoluindo. O povo passaria, mais tarde, a acompanhar tal "bossa" com o grito de "Olé". Durante este período, a Mocidade era conhecida como "uma bateria que carregava a escola nas costas", pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, que só alguns anos depois iria se tornar uma escola que competisse com as grandes da época (Portela, Império Serrano, Salgueiro e Mangueira).
X-9 PAULISTANA SEM PRECONCEITOS PARA DEFICIENTES NA BATERIA: Marcos Rossi quando tentou pela primeira vez desfilar pela escola Gaviões da Fiel, sofreu preconceito por ser deficiente. Mas Marcos habituou-se, em todos os anos de sua vida, a desconsiderar o impossível. Ele nasceu com síndrome de Hanhart, deficiência rara que impede o desenvolvimento de um ou mais membros, e diz ter compensado a ausência dos antebraços e das pernas com “persistência no sangue”. Casado e com dois filhos, é formado em Direito e trabalha no Unibanco, em São Paulo. Apaixonado por música persistiu em seu sonho em participar de uma bateria de uma Escola de Samba e na apresentação à X9 paulistana, foi aplaudido de pé onde permanece há cerca de 10 anos, desde então como ritmista.
BATERIA EM CIMA DE UM CARRO ALEGÓRICO: Em 2007, a Viradouro apostou todas as fichas no talento do carnavalesco Paulo Barros, ao trazer o enredo "A Viradouro vira o jogo",. O carnavalesco colocou a bateria em cima de um carro alegórico, um grande tabuleiro de xadrez; esta, conduzida pelo Mestre Ciça, tendo a frente como rainha de bateria Juliana Paes, desceu do carro em plena avenida. Conseguiram tres notas 10 e um 9,8 no quesito bateria. Mesmo assim, o resultado ficou abaixo do esperado sustentou apenas o quinto lugar.
RAINHA DA BATERIA: Existem controvérsias quanto a primeira rainha de bateria. Alguns consideram que a idéia surgiu nos anos 70, tendo Adele Fátima, mulata famosa, desfilando à frente da bateria da escola Mocidade Independente de Padre Miguel, mas a mesma não foi batizada como rainha de bateria. Em 1985, a mesma escola de samba, deu início à novidade, convidando a então modelo Monique Evans para compor a personagem.
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO DO QUESITO BATERIA
JUSTIFICATIVAS PARA JULGAMENTO
Ø A Bateria não manteve o ritmo no decorrer do desfile.
Ø Não havia uniformidade no desempenho dos diversos instrumentos.
Ø Durante o desfile a Bateria “atravessou”.
Ø A Bateria parou de tocar, por falha parcial ou total de seus integrantes.
· A manutenção regular e a sustentação da cadência da Bateria em consonância com o samba;
· A conjugação dos sons emitidos pelos vários instrumentos.
Obs: O julgador deverá estar atento, em sua observação, do momento em que a bateria começa a tocar até o final do desfile, ou seja, enquanto os seus ouvidos permitirem.
O julgador não deverá levar em consideração:
· A quantidade de componentes da bateria, bem como a fantasia dos ritmistas, julgando a Bateria apenas com os ouvidos e não com olhos;
· O fato de qualquer bateria não parar defronte das cabines de julgamento e/ou não estacionar nos recuos próprios;
· A eventual pane do sistema de sonorização da avenida;
· Questões inerentes a qualquer outro quesito.
Obs: Fica vetada a utilização de qualquer instrumento mecânico para acompanhar a pulsação e o andamento.
Principais pontos de balizamento do julgamento deste quesito:
Sustentação: É o andamento rítmico, que não deve nem diminuir nem acelerar durante o desfile.
Entrosamento: É a perfeita combinação dos sons emitidos pelos vários instrumentos. É o “casamento” da parte harmônica e melódica do samba cantado pela entidade.
Descompasso: “Atravessar” o Samba – Ocorre quando a Bateria provoca o desentrosamento entre o ritmo com o canto, ou mesmo o descompasso dos instrumentos entre si.
Retomada: É quando, no caso de a bateria executar uma convenção ou breque, voltar com precisão no mesmo andamento em que parou.
Equalização: É a propriedade que define o equilíbrio no volume dos naipes dentro de uma Bateria.
JUSTIFICATIVAS DA NOTAS INFERIORES A 10 NOS TRÊS ULTIMOS DESFILES DA X9
2010 - Imigração Portuguesa – Classificação da escola: 9º. lugar
9,75 (Marcilio Menezes) O naipe das caixas não estavam equalizados com os demais. Não havia um equilíbrio de volume pouco se ouvia.
9,75 (Marcilio Lima) A Bateria da Agremiação X-9 foi penalizada em 0,25 pela falta descrita abaixo: Afinação dos surdos de primeira, responsável pela marcação do tempo forte dos compasso, 2/4, estiveram com sua afinação abaixo da ideal afim de destacar/acentuar a frequência oposta (aguda) ou a 4ª. Acima do surdo de segunda. Alguns Surdos de primeira se mostraram mais claros e próximos da afinação necessária “os micronofados” porém não foram suficientes na acentuação do tempo forte com eficiência.
9,75 (Lucas Miguel de Melo) O naipe da caixa apresentou volume mais baixo com relação ao restante da bateria, interferindo no equilíbrio da equalização da mesma
2009 – Amazonas - Classificação da escola: 6º. lugar
9,75 (Fernando Baggio) O naipe de chocalho e tamborim soaram por vezes desencontrados, como no minuto 33 e após a retomada de uma parada desses naipes no minuto 43, comprometendo o entrosamento da bateria. Houveram duas convenções com sustentação e retomadas precisas. Bateria bem equalizada.
2008 – Aquecimento Global – Classificação da escola: 6º. Lugar
domingo, 22 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
1a. FESTA DA PIZZA & VINHO DA HARMONIA SHOW
terça-feira, 17 de agosto de 2010
CONFERÊNICA DO CARNAVAL
Início das Inscrições: 2 de agosto
Local das Inscrições: Avenida Santos Dumont, 614 a 618 - Metrô Armênia
Data do evento: 28 de agosto, sábado
Horário: das 8h às 18h
Valor: Grátis
Local: Palácio de Convenções do Anhembi - Auditório Nove
Endereço: Rua Olavo Fontoura, 1209 - Parque Anhembi- Santana
Público Alvo: Diretores e componentes de escolas de samba e simpatizantes do Carnaval Paulistano
Faça a sua inscrição por email
Envie os dados abaixo para o email: gisela@ligasp.com.br
Nome:
RG:
Nascimento:
Endereço:
Cidade Estado:
Tel.: Celular:
Email:
Como ficou sabendo da conferência:
Aguarde a confirmação da inscrição em até 48h.
Maiores informações: (11) 2853-4555 com Gisela
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
A ORIGEM DO QUESITO MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
A primeira possibilidade tem por fundamento as danças, rituais e momentos religiosos oriundos dos orixás, uma espécie de mistura da cultura africana com a indígena já existente entre nós. Os que conhecem os rituais do candomblé ou mesmo da umbanda se atentar para a possibilidade levantada vão se lembrar do casal ou mesmo da porta-bandeira com seu leve e majestoso balançar. Ainda no mesmo caminho, é provável que os negros nas senzalas reproduziam as danças que viam na casa grande. Jocosamente, eles reproduziam os passos dos senhores que trouxeram a dança da corte do século XVIII ou dos saraus de Luiz XV na França. O fenômeno é hilário: imaginem escravos e escravas em meio a fogueiras, batucadas e danças improvisando bandeiras com movimentos e novas formas de corte. Não é por força do acaso que a roupagem e a indumentária da dupla nos dias de hoje - quando as escolas não abandonam a tradição - nos lembram as danças da corte. É simplesmente maravilhoso tudo isso.
A segunda possibilidade que abre caminho para o desenvolvimento do casal se assenta na existência dos ranchos e dos cordões no Brasil nos anos de 1800, nos quais o mestre-sala tinha um importante papel. Ele funcionava como uma espécie de guardião dos participantes do cordão. A ele cabem os segredos e a manipulação da navalha a qual usava com maestria nas mãos e entre os dedos dos pés. Não era qualquer um que possuía esse privilégio. O mestre-sala navegava bem no caldo cultural da sociedade e tinha a noção dos protocolos e das etiquetas próprias das avenidas e desfiles, não por acaso ele também mantinha a festa dentro dos parâmetros morais e dos bons costumes.
A terceira abertura que nos oferece a história do casal e o desenvolvimento de sua dança está no início do século XX. Cordões e ranchos eram acompanhados de bandeiras. Em geral, uma mulher, com uma roupagem parecida com a das baianas era acompanhada pelo mestre-sala, o qual, por função devia proteger a bandeira e sua companheira. No desfile dos blocos e cordões eram comum agremiações rivais se encontrar e travar uma verdadeira guerra de talcos, farinhas, água e tudo o mais que fazia com que a polícia raramente não se envolvesse. O mestre-sala de uma agremiação rival, chamado naquele período de “baliza”, tentava surrupiar a bandeira alheia. Por vezes a idéia era cortá-la. Historicamente as bandeiras foram sendo confeccionadas de cetim ou seda numa clara tentativa de dificultar a empreitada do mestre-sala rival e favorecer o trabalho da porta-bandeira que, por tempos portou um grande estandarte e tinha como acompanhante os denominados “portas-machados”, verdadeiros arautos da bandeira da escola. O resgate de um pavilhão furtado era amigável indo a porta-bandeira dançando levemente com seu mestre-sala no intuito de retomar a bandeira querida. A humildade era a alma do ritual e a retomada da bandeira o espírito do carnaval.
DEFINIÇÃO DO QUESITO MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
A porta-bandeira é a figura mais representativa de uma escola de samba: a ela cabe a honra de conduzir o pavilhão da entidade. Ela deve mostrar garbo, graça, elegância na postura e na dança, apresentando-se com desenvoltura e sem gestos vulgares.
O mestre-sala é o guardião do pavilhão. Tem a finalidade de chamar a atenção para o pavilhão. Todo o seu trabalho deve se voltar para a porta-bandeira. Portanto, a ele são permitidos todos os movimentos, desde que pareçam naturais e se voltem para a porta-bandeira e ao Pavilhão.
O casal executa um bailado próprio no ritmo do samba (não devendo nunca sambar); fazem constantemente movimentos ensaiados, tem variedades de passos e entendem-se a um simples olhar nunca se comunicando verbalmente.
CURIOSIDADES DO QUESITO MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
Era costume nos primórdios, homens carregarem os estandartes dos cordões carnavalescos, crendo-se que uma das primeiras Porta Bandeiras, isolada tenha sido Portela, mas na verdade foi um homem chamado Ubaldo. Ele empunha o símbolo da agremiação na guarda de honra, que era adotada na época.
Nos ranchos carnavalescos uma figura feminina exerceu o papel de Mestre Sala, Maria Adamastor, famosa por suas excelentes atuações, tendo se tornado bastante conhecida nos carnavais do Rio de Janeiro. Jota Efegê, diz que a Deixa Falar, tida e havida como a primeira Escola de Samba, só incorporou a figura (personagem) do Mestre Sala, que foi Benedito Trindade, quando tentou se tornar um rancho.
Juvenal e Ceci, segundo alguns estudiosos, formaram o primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da primeira Escola de Samba carioca, a Deixa Falar. Segundo outros Maçu (Mangueira), o Marcelinho José Claudomo, foi o introdutor de Mestre Salas nas Escolas de Samba.
Os percussores da inovação dos ranchos foram Hilário Jovino Ferreira, Getúlio (Amor) Marinho, Maria Adamastor, Antônio Farias( o Bull-dog ). Getúlio de Pava (Bororó), Teodoro (Massadas) e João Paiva Germano.
O julgamento do Mestre Sala e Porta Bandeira passou a valer a partir de 1938, sendo considerado apenas a fantasia. A dança só começou a ser julgada em 1958 e o quesito Mestre Sala e Porta Bandeira é um dos principais elementos para a conquista do título da escola.
Hoje existem até escolas de Mestre Salas e Porta Bandeiras, os quais através de seus grandes mestres, buscam desenvolver talentos, mantendo viva a elegância do carnaval e o amor à escola simbolizado através de seu estandarte. Um exemplo é a própria X-9 Paulistana com o Projeto Cisnes do Amanhã, com o comandado do Mestre Gabi e sua esposa Vivi.
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO DO QUESITO MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
Conteúdo técnico e resumido:
Cabe à porta-bandeira ostentar o pavilhão da escola de samba e, ao mestre-sala, o papel do guardião do pavilhão. Ao casal cabe executar um bailado próprio no ritmo do samba, com passos e características próprias, com reverências feitas pelo mestre-sala, e giros no sentido horário e anti-horário no caso da porta-bandeira. Devem manter sempre a elegância e postura.
Ø Colocar o joelho ou mão no chão;
Ø Formas bruscas de tocar no pavilhão;
Ø Gestos vulgares, comunicação verbal;
Ø Permanecer excessivamente de costas para a porta-bandeira.
Ø Deixar o Pavilhão bater em seu rosto.
Não é permitido à Porta-Bandeira
Ø Deixar o pavilhão enrolar no seu corpo, ou no próprio mastro;
Ø Choque corporal com o mestre-sala;
Ø Gestos vulgares, comunicação verbal;
Obs: O jurado deve avaliar a performance do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira do momento em que os avista até perdê-los de vista.
JUSTIFICATIVAS PARA O JULGAMENTO
Ø Não houve entrosamento nos movimentos e harmonia entre mestre-sala e porta-bandeira;
Ø Faltou elegância ao casal ou a um de seus componentes;
Ø Mestre-Sala e Porta-Bandeira apresentaram-se de forma individual;
Ø Roupas ou costeiros volumosos dificultaram os movimentos do casal.
Para conceder notas, o julgador deverá considerar
· A exibição da dança do casal, considerando que não sambam, e sim executam um bailado no ritmo do samba, com passos e características próprias, com reverências e giros, observando-se a criatividade do casal com respeito à manutenção das tradições.
· A harmonia, a graça, leveza e majestade do par. Devem apresentar uma seqüência de movimentos coordenados, deixando evidenciada a integração do casal;
· Que a função do mestre-sala é cortejar e apresentar a porta-bandeira, bem como proteger e apresentar o pavilhão da agremiação, devendo desenvolver gestos e posturas elegantes e corteses, que demonstrem reverência à porta bandeira;
· A perda da elegância e majestade em virtude da queda e/ou perda, mesmo que acidental, de parte da indumentária como, por exemplo, sapatos, esplendor, chapéu etc;
· O julgador deste quesito deve ater-se somente à exibição do casal.
O julgador não deverá levar em consideração:
· Questões inerentes a quaisquer outros quesitos.
· Quanto à fantasia do casal, deverá observar somente a sua funcionalidade: se a mesma permite, ao casal, executar perfeitamente os passos, gestos, ou seja, o bailado exigido.
Principais pontos de balizamento do julgamento deste quesito:
Entrosamento: É a combinação harmônica dos movimentos do casal.
Postura: É a forma de conduzir e apresentar o pavilhão da escola com altivez, simpatia e elegância.
Estilo: É maneira singular de evoluir, de bailar durante o desfile. Deve-se observar a criatividade e desenvoltura dentro deste bailado.
JUSTIFICATIVAS DA NOTAS INFERIORES A 10 NOS TRÊS ULTIMOS DESFILES DA X9
2010 - Imigração Portuguesa – Classificação da escola: 9º. lugar
9,75 (Dauzel Sant´ana Chanem) Entre as caixas de som 47 e 49 e também durante a apresentação do casa em frente a minha cabine próximo a linha final do desfile, o pavilhão bateu no costeiro do Mestre Sala. Entrosamente comprometido, pois a distância entre eles não estava adequada
2009 – Amazonas - Classificação da escola: 6º. lugar
9,75 (José Antonio Franco de Lima Junior) O Mestre Sala deve manter o seu trabalho voltado o tempo todo para a Porta Bandeira, ao aproximar-se do módulo de julgamento, aos 34 min. Do desfile, ambos demonstraram uma coreografia, onde o Mestre Sala tirou o foco do pavilhão deixando de cumprir com seu papel de guardião. A execução da pequena coreografia ( passinhos para frente e passinhos para trás) dando as costas para a Porta Bandeira, descaracterizou a função básica que ambos vinham desempenhando bem. Isso aconteceu, também, aos 38 min. Do desfile, passado o módulo de julgamento.
2008 – Aquecimento Global - Classificação da escola: 6º. lugar
NENHUMA NOTA INFERIOR A 10
CONCLUSÃO DO QUESITO MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
Todos os quesitos se curvam a ele, as pessoas o respeitam e o reconhecem como representante maior da comunidade. Visitantes, ao pisarem na quadra, são conduzidos para saudá-lo. Ele simplesmente dispensa apresentação, estamos falando do nosso PAVILHÃO.
Por ser o símbolo maior que representa uma união organizada de sentimentos e esforços, nada mais justo e sublime ser protegido e conduzido a por duas figuras ímpares no mundo do carnaval: o Mestre-Sala e a Porta-Bandeira.
Como apresentado neste trabalho, a Porta-Bandeira é figura sublime da escola e jamais deve se curvar a alguém, pois, naquele momento, ela mais que uma pessoa dedicada, comprometida e que treina à exaustão para uma perfeita apresentação; ela é o “corpo” do Pavilhão.
E por causa dessa grandiosidade a figura do Mestre-Sala também exige muita atenção e dedicação, pois este é o guardião, o apresentador, o reverenciador, o “holofote” do Pavilhão. Essas funções devem estar plenamente claras na mente do Mestre-Sala, pois o símbolo maior da Escola de Samba há tempos deixou de ser um bonito tecido trabalhado e bordado, para ser a referência máxima cuja “vida” se originou do maior de todos os sentimentos que herdamos de Deus: o amor.
Todas as pessoas que estiverem nas funções de Mestre-Sala e Porta-Bandeira devem estar atentas às suas próprias emoções e controlar o natural ego que todos nós temos; devem permanecer concentrados em seus desempenhos e se sentirem lisonjeados pela honra de portar o Pavilhão, pois é essa consciência emocional faz toda a diferença na apresentação e quando o trabalho é desenvolvido com o foco no pavilhão, a nota 10 sempre será uma consequência natural.